Estádio Olímpico: quem é o dono da antiga casa tricolor?
Mais de uma década após seu fechamento, o antigo estádio do Grêmio, Olímpico Monumental, segue deixando saudades nos torcedores e preocupação nos moradores do bairro Azenha em Porto Alegre. A situação atual do estádio que já foi palco de 1.766 jogos e 21 títulos ao longo dos seus 58 anos de vida, gera questionamentos acerca do descaso e da insegurança que cerca o local.
Conhecido por sua tradição, o Velho Casarão fechou suas portas no ano de 2013 e desde então passa por um processo de deterioração e abandono aparente, com promessas de revitalização que não se concretizam.
Troca do Estádio Olímpico pela Arena
O fechamento do estádio em 2013 embasou-se na construção da Arena do Grêmio, atual casa do Tricolor. O antigo estádio avaliado em R$50 milhões, foi entregue à construtora OAS, então responsável pela construção da nova arena. A troca pretendia garantir a criação de um espaço moderno e adequado às exigências do futebol contemporâneo, mas gerou um imbróglio jurídico que parece longe de solução.
No negócio, o Grêmio cedeu a área do Olímpico, com a promessa da construção de prédios residenciais, além das melhores no entorno da nova Arena. Contudo, o acordo não foi cumprido na sua totalidade e o terreno está abandonado.
Impasses e dificuldades atuais
Com a crise da construtora OAS, agravada pelo escândalo da Lava-Jato, as negociações estagnaram. Atualmente, tanto o estádio Olímpico quanto a nova Arena se encontram em situações delicadas. A Arena, administrada pela nova empresa Metha, está penhorada por falta de pagamento aos financiadores da obra. Já o Olímpico segue desativado, servindo de abrigo para usuários de drogas, gerando insegurança na região. A prefeitura de Porto Alegre clama pela demolição do espaço e revitalização da área, visando o bem-estar da população local.